A revolução portuguesa foi a mais bela do século XX. As palavras de Rui Tavares ficaram a ecoar nos espíritos. Rui Tavares fez um belíssimo discurso, de síntese sobre o que era o Estado Novo e o que tem sido a democracia. Sobre a transformação que Abril trouxe e o espanto que causou em todo o Mundo. As revoluções têm a sua estética, como recordava Vázquez Montalbán, evocando, com a sua habitual ironia, a revolução francesa, portadora de uma estética desmedida, digamos assim, que vai da beleza das massas no assalto à Bastilha até à guilhotina. Classificar as revoluções como bonitas ou feias tem sempre o seu risco. Quem se atreveria hoje a evocar o belo das revoluções soviética, castrista ou algumas asiáticas, como a do Camboja? As revoluções não são bibelôs que se colocam na estante. Devem ser medidas pela sua necessidade, o seu objetivo transformador, emancipador, e também pelo seu grau de violência. Rui Tavares é historiador e melhor do que ninguém varreu todos os critérios. Sim, é verdade, o 25 de Abril é a mais bela revolução do século XX. Cumpriu todos os critérios, incluindo o da beleza: era necessária, transformou Portugal, emancipou os portugueses e não foi violenta, como o regime derrubado. Um exemplo para o Mundo, uma página bela na história da humanidade. 25 de Abril sempre!
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