Álvaro Pacheco esteve esta sexta-feira na sala de imprensa da Academia do V. Guimarães para abordar o encontro com o Boavista, da 31.ª jornada da Liga Betclic. O encontro realiza-se este sábado, pelas 20h30, no Estádio D. Afonso Henriques.

"Gostava de iniciar a conferência de imprensa a endereçar as condolências ao Xico Andebol pelo falecimento do seu jogador Paulo Abreu, assim como à sua família", começou por referir o técnico. 

Ainda falta muito para conquistar na reta final da época. Os pontos estão mais caros nesta fase da época? "Vamos encontrar um Boavista com mudança de treinador, à procura dos pontos. Nesta altura, os pontos começam a ficar cada vez mais caros. Temos 12 pontos para disputar, queremos muito regressar às vitórias junto dos nossos adeptos. Temos de estar orgulhosos pelo que temos feito, com o abraçar de uma ideia, o abraçar da minha metodologia, da mentalidade que fomos construindo ao longo da época. Estamos a fazer uma época brilhante, mas aqui olhamos sempre para a frente. Olhamos para o jogo com o Boavista com uma ambição muito grande de somar três pontos".

Olhando para o que o V. Guimarães ainda pode conseguir, estes quatro jogos vão marcar a diferença entre o que pode ser um grande campeonato e um campeonato inesquecível? Isso dá motivação extra? "Não podemos esquecer que independentemente do que acontecer o V. Guimarães fez um excelente campeonato, é evidente que ainda pode ser extraordinário. Para ser um campeonato extraordinário temos de de continuar focados na nossa tarefa, na nossa função, o que controlamos. O que acontecer daqui para a frente não pode apagar a excelente época que fizemos, dentro das adversidade que encontramos. Temos de olhar para o percurso e a evolução que fomos conquistando. Estamos a cinco pontos tanto do 4.º como do 3.º lugar. Na época passada, o 5.º classificado ficou a 20 ponto do 4.º classificado e o 5.º não foi o V. Guimarães. Estamos muito satisfeitos, nada pode apagar o que os meus jogadores fizeram. Este grupo está focado no que ainda pode conquistar. Sendo esta uma grande época ainda pode ser uma época extraordinária. É nisso que temos de nos focar. Para sermos extraordinários temos de ser V. Guimarães e fazer acontecer no jogo de amanhã".

Como avalia a evolução do Kaio César? Acredita que pode ser um dos grandes destaques da próxima época? "Não gosto de falar individualmente. Se olharmos para o que era a equipa no início e para o que é agora, todo evoluíram, não só a equipa, mas as suas individualidades. Há jogadores valorizados, que passaram para outro nível, que são apetecíveis para o mercado nacional e internacional. O Kaio chegou mais tarde, mas o potencial que tem, a capacidade que teve em adaptar-se à nossa realidade a a forma como tem vindo a evoluir, sinto que aquilo que tem dentro dele ainda pode ser mais exponenciado. Não tenho dúvidas nenhumas que vai fazer uma carreira brilhante".

O que pode fazer a diferença no jogo com o Boavista? "Temos de ter um controlo muito grande sobre o jogo. O Vitória tem de entrar à Vitória, com intensidade e agressividade para promover as nossas combinações a capacidade de chegar às zonas de finalização. Mas, não podemos perder o controlo e os equilíbrios do jogo. Um dos pontos fortes do Boavista é as suas transições, a sua verticalidade no jogo, tem capacidade de manter intensidade. É um jogo que vai exigir um foco muito grande e capacidade de o interpretar. Se o Boavista ficar mais passivo, à espera do nosso erro, os espaços que vamos ter de descobrir vão ser ouros. Se encontrarmos um Boavista mais agressivo, a condicionar a nossa posse de bola, os espaços já serão outros".

Os regressos de Bruno Gaspar e Jorge Fernandes dão maior alívio? "Há sempre adversidades, problemas que vão surgindo, temos é de nos agarrar às soluções. Não gosto de me lamentar, gosto de olhar para os que estão disponíveis e pegar neles para os tornar capazes de irmos em busca do que pretendemos".

Nos últimos dois jogos o V. Guimarães sofreu golos perto do intervalo. A concentração em momentos chave é essencial na reta final? "É muito importante manter os equilíbrios. O adversário quer pontos para o seu objetivo, a permanência, que vai procurar todo o tipo de espaços para nos fazer mossa. Por isso, temos de ter capacidade de condicionar e proteger a nossa baliza. Se sofrermos, temos de manter a serenidade e irmos em busca do que pretendemos".

Jota Silva regressa ao onze? "As adversidades obrigam-nos a gerir determinados jogadores em determinadas alturas. Isso teve de acontecer com o Jota no jogo anterior. O Jota foi recuperado, está pronto para jogar, vai a jogo".