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Carlos Rodrigues

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Villas-Boas com poderes reforçados pela dimensão da vitória.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 29 de Abril de 2024 às 00:32
De há vários meses a esta parte que o País tinha a noção dos ventos de mudança que sopravam do Dragão. O poder de Pinto da Costa entrincheirou-se nos últimos anos em esquemas e comissões que depauperaram o clube, e que o tempo se encarregou de desmascarar. A ligação às claques e a práticas de intimidação a tudo e a todos, incluindo a jornalistas desta casa, foram duas manifestações do mesmo fenómeno. O regime do Dragão estava podre e defendia-se como podia de toda a racionalidade. A ação determinada da Justiça nos processos mais recentes, como o das agressões na assembleia geral, deu o sinal que faltava de que o regime democrático não iria tolerar lógicas de manutenção de poder à margem das instituições. Mesmo assim, a lista de Villas-Boas receou até ao fim a ameaça da violência e da batota, e sentiu-se obrigada a convocar a PSP para a contagem dos votos. A dimensão da vitória do próximo presidente do FC Porto teve precisamente o condão de anular qualquer hipótese de golpada eleitoral ou de contestação judicial dos resultados. A maioria silenciosa que foi votar, sábado à tarde, fez questão de deixar bem claro que não admitiria a mínima dúvida sobre a clareza do resultado. Villas-Boas será um presidente com poderes reforçados pela dimensão da vitória. Agora, é preciso recuperar o clube do caminho desastroso que estava a trilhar.
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