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CDU diz que agressões a imigrantes são consequência de grupos antidemocráticos

João Oliveira descreveu situação como "intolerável".
Lusa 5 de Maio de 2024 às 17:48
João Oliveira, do PCP
João Oliveira, do PCP FOTO: Lusa
O cabeça de lista da CDU ao Parlamento Europeu, João Oliveira, defendeu, este domingo, que as agressões a imigrantes no Porto são "acontecimentos intoleráveis" que decorrem do ideário de forças políticas antidemocráticas.

Para Oliveira, os acontecimentos da madrugada de sexta-feira no Porto, em que imigrantes foram agredidos por um grupo de homens, "não estão desligados do discurso de ódio, de racismo e de xenofobia que vai sendo propagandeado na sociedade portuguesa por forças políticas reacionárias e antidemocráticas".

O cabeça de lista da CDU às eleições europeias de 9 de junho defendeu, em comunicado, que estas forças políticas reacionárias "aproveitam a circunstância em que os imigrantes são sujeitos à exploração e à desumanização, com a falta de resposta mais elementar na garantia dos seus direitos, seja no trabalho, seja na habitação, seja no acesso à saúde, para pressionar a degradação das condições de vida também dos portugueses".

Na madrugada de sexta-feira, a PSP foi alertada cerca da 1h00 para uma agressão no Campo 24 de agosto, no Porto, contra dois imigrantes por um grupo de quatro ou cinco homens que fugiu antes da chegada dos agentes, especificou o porta-voz da polícia, indicando que os dois agredidos foram assistidos no Hospital São João.

Cerca de 10 minutos mais tarde, na Rua do Bonfim, 10 imigrantes foram atacados, na habitação onde estavam, por um grupo de 10 homens, munidos com paus e, alegadamente, com uma arma de fogo, o que a PSP ainda não conseguiu confirmar, referiu a mesma fonte.

Ainda segundo o porta-voz, pelas 3h00, na Rua Fernandes Tomás, outro imigrante foi também agredido, por outros suspeitos, sendo que um deles usava uma arma de fogo.

Na sequência destas agressões, seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva.

Dada a suspeita de existência de crime de ódio, o assunto transitou para a Polícia Judiciária.

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