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Credit Suisse rejeita obrigações de Adani como garantia. Grupo já perdeu 93 mil milhões de dólares

O Credit Suisse decidiu que as obrigações referentes às várias empresas com a insígnia Adani deixam de servir como ativo colateral para pedidos de empréstimo.

Amir Cohen / Reuters
Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 01 de Fevereiro de 2023 às 12:13
O império do magnata indiano Gautam Adani (na foto) já perdeu mais de 93 mil milhões de dólares em bolsa. As acusações da fraude contabilística e manipulação de mercado por parte da empresa de "research" Hindenburg continuam a fazer mossa no grupo.

As perdas em bolsa agravaram-se com a notícia da Bloomberg: o Credit Suisse decidiu que as obrigações referentes às várias empresas com a insígnia Adani deixaram de servir como ativo colateral para pedidos de empréstimo. Perante esta notícia, além da dívida das empresas do grupo denominada em rupias indianas, também as "eurobonds" denominadas em dólares, inverteram a tendência e começaram a registar perdas.

A crise de confiança no império Adani já se alastrou também a outros "players" do setor da banca. O Barclays entre um leque de outras instituições financeiras já pediu um reforço da garantia em ações para um empréstimo de mil milhões de dólares, de acordo com a Bloomberg.

Durante a sessão desta quarta-feira, as ações da principal empresa do grupo, a Adani Enterprises, tombaram 28,49% na praça de Bombaim, depois de terem terminado a última sessão no verde, impulsionadas pela notícia de que a venda de 2,5 mil milhões de dólares em ações da companhia foi integralmente subscrita pelos investidores.

Segundo a agência norte-americana, a compra de ações contou com uma ajuda preciosa dos magnatas Sajjan Jindal e Sunil Mittal, um sinal de solidariedade para com Adani.

A queda abrupta da capitalização de mercado do grupo Adani começou no final da semana passada, após a divulgação da nota da Hindenburg. O relatório detalha uma teia de entidades "offshore" controladas pela família Adani em paraísos fiscais nas Caraíbas, Ilhas Maurícias e Emirados Árabes Unidos. O documento afirma que estas foram utilizadas para facilitar corrupção e lavagem de dinheiro, ao mesmo tempo que desviou dinheiro das empresas do grupo cotadas em bolsa.

Entretanto, o conglomerado indiano publicou uma refutação ao documento da empresa de "research", onde chega a afirmar que este foi um ataque contra a própria Índia.
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