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Daniel Sousa volta a Barcelos: «Quero ganhar este jogo como quero ganhar todos os outros»

Treinador do Arouca é natural daquela cidade minhota e foi no Gil Vicente que começou a carreira de técnico principal

• Foto: Lusa/EPA
Natural de Barcelos, Daniel Sousa visita esta sexta-feira a cidade onde nasceu para defrontar o Gil Vicente, clube onde iniciou, na época passada, a carreira de treinador principal.

Na antevisão a esse encontro, ao inicio da tarde desta quinta-feira, o treinador do Arouca garantiu que o fator emocional que lhe toca particularmente, pelos dados apresentados, não influenciará na vontade que tem de vencer.

Além disso, falou da chicotada psicológica no Gil Vicente, da corrida de Rafa Mujica pelo título de melhor marcador da Liga e dos oito jogadores que tem em risco de exclusão. Um deles é Tiago Esgaio, que, conforme Daniel Sousa garantiu, falha o jogo de amanhã devido a lesão. 

O que espera do Gil Vicente, que trocou recentemente de treinador?

"Em primeiro lugar, entramos agora numa fase decisiva, ou mais decisiva para uns, menos decisiva para outros, em função daquilo que é a tabela classificativa. O Gil, com esta vitória, conseguiu ali um conforto relativo, importante, obviamente, mas relativo porque é preciso continuar a somar. E a mudança trouxe um resultado positivo, que já não estavam a conseguir nos jogos mais recentes. Logo à partida, a mudança foi positiva. O que é que o míster [Tozé Marreco] trouxe? Consolidou ali alguns processos defensivos, sobretudo, trouxe alguma solidez defensiva, que me parece que foi o mais óbvio, o mais notório neste último jogo. E com a vitória, que é o mais importante. Isso oferece sempre bastante crença naquilo que é o objetivo, que seguramente que passa pela permanência e pelo objetivo para este jogo que é consolidar e garantir essa mesma permanência."

É natural de Barcelos, começou a carreira de treinador principal no Gil Vicente... Esses dados trazem-lhe uma carga emocional maior?

"Tem uma carga emocional única e exclusivamente para mim, não para a equipa. E aqui o que interessa é a equipa, não o treinador. Obviamente, que eu tenho carinho pelas pessoas, sobretudo, que dirigiram, que estão lá, mas não passa disso. Eu quero ganhar o jogo como quero ganhar todos os outros jogos."

Até porque o 6.º lugar ainda é o objetivo, certo?

"Sim, como ficou definido. Independentemente que não houvesse esse objetivo, eu sou muito defensor daquilo que é a natureza do jogo e a natureza do jogo é para ganhar, seja ele a feijões, seja ele por objetivos mais sérios, que é o caso, o nosso caso. Queremos muito o 6.º lugar e para isso temos que conquistar todos os pontos possíveis, três pontos em cada jogo. E depois, lá está, os detalhes que vão acontecer durante os jogos são determinantes para aquilo que vai ser o resultado final. O último jogo que nós tivemos é um exemplo claro disso. Não minorizando aquilo que foi o adversário [Rio Ave, 1-1], mas estivemos superiores e merecíamos algo mais do jogo. Acabou por se resolver num ou noutro detalhe, que neste momento tem um preso brutal para aquilo que são os objetivos das equipas."

Luta pela permanência parece uma espécie de comboio, todas as equipas parecem ter ainda algo para disputar... Sente, por isso, que estas últimas jornadas estão a ganhar uma nova competitividade e uma nova tensão pelos pontos?

"Bom, eu fui referindo isso. Em janeiro, fizemos aqui, internamente, uma análise daquilo que estava a ser o campeonato e o campeonato efetivamente estava a ser mais competitivo do que em anos anteriores, no que toca à tabela classificativa. Naquele momento, olhando para a mesma posição em anos anteriores, havia muitos mais pontos já conquistados pelas equipas que estavam mais no fundo da tabela. E isso era sinal de um campeonato mais competitivo. Está a ser concretizado, de facto nesta reta final há muito mais equipas envolvidas em objetivos importantes, seja a permanência... No topo da tabela já começa a haver uma definição maior das coisas, nos dois primeiros lugares, mas no fundo da tabela ainda há ali muita indefinição até quase até o 10.º lugar. E também parece mais ou menos claro que os tais 35 pontos que normalmente se diz, 30 ou 35, que normalmente se diz que está garantida a permanência, este ano é preciso alguma cautela, porque realmente ainda faltam quatro jornadas, 12 pontos e já anda tudo ali nos 30 pontos, que é uma marca interessante. Isso revela um campeonato competitivo. É mau para os treinadores porque há sempre mais um bocadinho de ansiedade, mas bom para manter o campeonato vivo até o fim."

Tem oito jogadores em risco de exclusão. Isso condiciona, por exemplo, o trio de ataque?

"Não condiciona, tanto é que temos opções para comatar qualquer ausência pelos cartões. Isso faz parte do jogo, faz parte daquilo que é a mensagem que nós passámos, de todos estarem prontos para substituir quem quer que seja, seja por uma questão de disciplina, seja por lesões ou por opção de performance. E, de facto, quem tem sido chamado tem dado resposta e é assim que nós estamos à espera que as coisas aconteçam daqui para a frente também."

E entre os jogadores que estão em risco de exclusão, um deles é Rafa Mujica. Ele marcou sempre que jogou contra o Gil Vicente, nos últimos dois jogos até fez hat-trick em ambos. O 6.º lugar ainda não está consumado, e isso é o objetivo principal, mas em algum momento a equipa tentará ajudar Rafa Mujica a ser o melhor marcador do campeonato, a ter isso como objetivo?

"A equipa já está a tentar ajudá-lo, essa é que é a realidade e nós temos noção disso, mas isso nunca pode ser um objetivo para a equipa. A equipa tem como objetivo ganhar pontos e todos temos noção que se pudermos ajudar o Rafa, vamos ajudar. Eu não tenho qualquer dúvida quanto a isso e perante todos os jogadores. Mas isso em si nunca pode ser um objetivo, nem para o próprio Rafa, atenção. O Rafa tem isso claro na cabeça dele. Se lhe fizerem essa pergunta, ele vai dizer que prefere ganhar os três pontos do que marcar três golos. Não tenho dúvidas, porque o Rafa também tem essa solidariedade coletiva. E isso é muito importante, porque foi isso que o trouxe cá também, esses números, essa solidariedade coletiva, o perceber a importância da equipa, e isso tem sido o que nos define até agora."
 





 
Por Nuno Barbosa
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