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Delta vai subir preço da "bica": "Não temos forma de acomodar subida de 200% do café robusta"

Rui Miguel Nabeiro confirma que escalada dos preços da matéria-prima em níveis sem precedentes vai ter inevitável reflexo no preço do café junto do consumidor a breve trecho.

Luís Manuel Neves
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 08 de Maio de 2024 às 16:17
O CEO do Grupo Nabeiro-Delta confirmou, esta quarta-feira, que o preço da "bica" vai subir, afirmando ser impossível absorver o aumento do valor da matéria-prima que, no intervalo de um ano, triplicou.

"Diria que é uma certeza absoluta que vai ter [reflexos no preço ao consumidor a breve trecho]. Não temos forma de sustentar sozinhos e de acomodar nas nossas margens uma subida de 200% do café robusta [o mais consumido em Portugal] face há um ano", afirmou Rui Miguel Nabeiro, aos jornalistas, à margem do evento de apresentação das novidades para este ano.

O "número 1" do grupo com sede em Campo Maior nota que, pelo meio, "também haverá muita especulação". "Facto é que nós não somos especuladores. Temos de comprar o café, temos de torrar o café e os preços que estamos a pagar são absolutamente... Pela primeira vez na história, vimos o café robusta estar mais caro do que o café arábica, o que nunca tinha acontecido", enfatizou.

Rui Miguel Nabeiro sinaliza que a escalada no caso da variedade robusta, que tem no Vietname o maior produtor, também foi potenciada por uma espécie de fuga ao preço do arábica que acabou por ter um efeito de contágio. "Creio que o norte da Europa, com a subida dos preços do café arábica, que dizem os 'traders', começou a introduzir nos seus 'blends' café robusta, que era o mais barato, e os consumidores não se queixaram, pelo que, de repente, tivemos um aumento da procura do café robusta".
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