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Fim das portagens pelo PS “transmite enorme hipocrisia” depois de oito anos de Governo, diz Ventura

André Ventura defende que este é um tema que deveria gerar consenso no Parlamento, sendo que os partidos que compõem o Governo votaram contra.
2 Maio 2024, 18h54

O líder do Chega acusou o Partido Socialista de “enorme hipocrisia” por ter colocado o fim das portagens em votação no Parlamento depois de oito anos de governação. “É verdade que este projeto do PS transmite uma enorme hipocrisia ao país. Hipocrisia de quem não o fez em oito anos e quer agora fazê-lo um mês depois das eleições legislativas”, disse André Ventura após as votações.

No entanto, o deputado lembrou que os portugueses não querem saber quem aprovou, mas sim quando a medida vai funcionar. “Vai interessar o que sempre interessou ao Chega: pagarem menos de portagens, ou não pagarem portagens em zonas decisivas do nosso território, abandonadas e esquecidas”.

O projeto dos socialistas foi aprovado por votos do PS, Bloco de Esquerda, PCP, Livre, PAN e Chega. O PSD e o CDS-PP votaram contra, enquanto a IL se absteve.

Sobre a votação contra por parte do PSD e do CDS-PP, André Ventura diz que “o Governo está do lado errado da história”, especialmente quando foi “confrontado, e derrotado, na Assembleia [da República] numa votação que nem sequer devia ter sido de grande divisão”. Isto é, Ventura acredita que deveria ter existido consenso sobre o fim das portagens.

Este foi um tema que levantou tensão na bancada parlamentar do PSD, com Hugo Soares a falar em “conluio” entre os partidos de Pedro Nuno Santos e Chega.

“O Chega não se deixará intimidar nem por acusações de coligação negativa ou acusações de conluio negativo ou força de bloqueio. Havia todas as condições para um acordo estável que desse maioria e estabilidade ao país. O Governo optou por não o fazer e acusa a Assembleia de fazer o seu trabalho, que é legislar e ter iniciativa, como uma força de bloqueio”, defendeu Ventura.

“Reduzir portagens ou abolir portagens não é uma força de bloqueio, é uma força de democracia e é a democracia que vamos continuar a praticar nesta casa quer o partido social-democrata goste quer não goste”, sustentou.

No seu discurso, após a votação, o líder do Chega considerou que a “incapacidade e inaptidão é tão grande que ficou hoje visível aos olhos dos portugueses” que o Governo queria atrasar algo que beneficia o cidadão português. Isto, porque, o líder da bancada parlamentar do PSD defendia a redução das portagens, em vez da sua eliminação.

No entanto, André Ventura quis que fosse definida uma data para o fim das portagens, algo que não ficou decidido na votação.

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