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Greenvolt quer trocar Altri e acionistas de referência por KKR para reembolso antecipado de obrigações

As reuniões para as quais os obrigacionistas foram convocados, que se realizam a 14 de maio, destinam-se a aprovar propostas de alteração às condições para que os obrigacionistas possam exigir o reembolso antecipado, substituindo a referência à Altri e aos acionistas de referência por KKR.

A empresa liderada por Manso Neto entende que a parceria é “altamente complementar”.
Pedro Catarino

A administração da Greenvolt convocou os detentores de obrigações de duas emissões – de 2022-2027 e de 2021-2028 – para uma assembleia-geral a realizar a 14 de maio, com duas reuniões a horas distintas.

 

As reuniões destinam-se a aprovar propostas de alteração às condições para que os obrigacionistas possam exigir o reembolso antecipado, substituindo a referência à Altri e aos acionistas de referência por KKR.

 

"Convocam-se os titulares das obrigações emitidas pela Greenvolt – Energias Renováveis, representativas da emissão designada Obrigações Verdes Greenvolt 2022-2027 (Obrigações Verdes Greenvolt 2027), para se reunirem em assembleia de obrigacionistas  a realizar no dia 14 de maio de 2024, pelas 10:00 horas, exclusivamente por meios telemáticos, com o propósito de apreciar e, caso se considere adequado, aprovar a deliberação que será proposta como deliberação extraordinária, de acordo com as disposições das Condições das Obrigações Verdes Greenvolt 2027", refere o primeiro comunicado divulgado junto da CMVM.

 

Já o segundo comunicado aponta para a mesma data, mas às 12:00 horas, sendo convocados os titulares das obrigações representativas da emissão designada Greenvolt Notes 2021/2028 (Obrigações Greenvolt 2028)".

No que diz respeito às Obrigações Verdes Greenvolt 2027, a empresa sublinha que constitui uma situação de reembolso antecipado por opção dos obrigacionistas se "o conjunto das participações sociais detidas, direta ou indiretamente, por uma ou mais entidades KKR, deixar de representar a maioria do capital social e/ou dos direitos de voto do emitente".

 

Por "entidades KKR" entende-se quaisquer entidades por meio das quais a KKR & Co. Inc. e/ou a Kohlberg Kravis Roberts & Co. L.P., direta ou indiretamente, controle o exercício de direitos de voto inerentes a ações representativas do capital social do emitente, assim determinando o sentido em que tais direitos de voto são exercidos, refere o mesmo comunicado.

No prospeto original, o texto dizia: "o conjunto das participações sociais detidas, direta ou indiretamente, pela Altri e/ou pelos acionistas
de referência e/ou os seus herdeiros legais deixe de representar a maioria do capital social e/ou dos direitos de voto do emitente".

 

Relativamente às Obrigações Greenvolt 2028, a assembleia irá também deliberar sobre a eliminação das definições de "Altri" e "Relevant Entities" (entidades relevantes).

A OPA da KKR sobre a Greenvolt

 

No plano acionista, recorde-se que a empresa liderada por João Manso Neto anunciou a 11 de abril que o Mediobanca já tinha reforçado a sua participação na Greenvolt de 13,28% para 15,55%. Isto no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) do fundo KKR sobre a Greenvolt.

O banco italiano foi mandatado pelo KKR, através de um contrato swap, para comprar até 19,9% do capital da Greenvolt a um preço máximo de 8,30 euros, o valor oferecido pelo fundo no anúncio preliminar da OPA sobre a empresa energética.

Através de um "total return equity swap" o Mediobanca está no mercado a adquirir até 19,9% das ações da Greenvolt por um preço que não poderá exceder 8,30 euros, a contrapartida já definida no anúncio preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) e que foi aceite por sete acionistas detentores de 60,86% do capital da empresa.

Esses sete acionistas acordaram com a KKR a venda das suas participações na Greenvolt, embolsando um total de 703 milhões de euros, resultantes da contrapartida de 8,3 euros por cada ação. Esta operação deverá estar concluída a 31 de maio. Desta forma, caso as condições necessárias para a OPA se concretizem o fundo KKR garante pelo menos 76,41% do controlo sobre o capital da elétrica.

O fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo, gerido pela empresa norte-americana KKR, lançou formalmente "uma oferta pública geral e voluntária de aquisição da totalidade das ações" (OPA) da Greenvolt em meados de dezembro.

A OPA ainda aguarda a autorização de entidades irlandesas e búlgaras.

Em inícios deste mês, o perito independente da EY definiu um valor de 7,3 euros como contrapartida mínima determinada para a OPA. Assim, prevaleceu o valor de 8,3 euros do anúncio preliminar da oferta.

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