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Inflação reduziu crescimento de salários a 1,8%

Relatório mostra que salários subiram o ano passado 7,4%, mas crescimento encolheu com inflação.
Raquel Oliveira e Lusa 26 de Abril de 2024 às 01:30
Poder de compra encolheu com o aumento dos preços, apesar da subida dos salários médios registada na maioria dos países
Poder de compra encolheu com o aumento dos preços, apesar da subida dos salários médios registada na maioria dos países FOTO: Vítor Mota
O salário médio aumentou, o ano passado, 7,4% em Portugal, mas tendo em conta uma inflação de 5,5%, o crescimento foi de apenas 1,8%. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico que, num relatório divulgado esta quinta-feira, contabiliza que os salários reais caíram em cerca de metade dos países da OCDE em 2023.

Portugal, no entanto, integra o grupo das nações em que os salários subiram, segundo o relatório ‘Taxing Wages 2024’, apesar de a inflação ter reduzido esse aumento.

Em termos nominais, o salário médio aumentou em 37 países que integram a organização, face a 2022, mas em termos reais caiu em 18.

A organização indicou ainda que a queda nos salários reais foi de mais de 2% em sete países: Estónia, Islândia, Chéquia, Hungria, México, Suécia e Colômbia.

“As taxas de imposto efetivas sobre o rendimento do trabalho subiram em toda a OCDE em 2023, enquanto a inflação se manteve acima dos níveis históricos”, indicou a OCDE.

A organização destacou que, “com os sistemas fiscais de muitos países da OCDE a não se ajustarem totalmente à inflação, a carga fiscal média para os oito tipos de agregados familiares abrangidos pelo presente relatório aumentou na maioria dos países entre 2022 e 2023, impulsionada, na maioria dos casos, por impostos sobre os rendimentos mais elevados”, lê-se no documento.

Assim, “pelo segundo ano consecutivo, os rendimentos após impostos ao nível salarial médio diminuíram na maioria dos países da OCDE”, indicou.
Salários e benefícios Inflação Portugal Hungria Chéquia México
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