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Lucro da Repsol recua para 969 milhões até março penalizado pela queda do gás

No primeiro trimestre os lucros da petrolífera espanhola foram penalizados pela diminuição da procura por gás decorrente das temperaturas mais elevadas nos Estados Unidos.

Lusa 25 de Abril de 2024 às 11:27
A Repsol registou um lucro líquido de 969 milhões de euros no primeiro trimestre, uma quebra homóloga de 13% devido à forte queda do preço do gás Henry Hub, referência do mercado norte-americano, e ao impacto do imposto extraordinário.

O resultado ajustado, que mede especificamente o desempenho do negócio, foi de 1.267 milhões de euros, menos 33% do que os 1.891 milhões obtidos no ano passado, segundo reportou hoje a multinacional espanhola à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

De acordo com o documento enviado ao mercado, o resultado bruto de exploração (EBITDA) caiu 20,5% para 2.143 milhões de euros. Excluindo a variação do valor das existências e as rubricas extraordinárias, o EBITDA caiu 30% para 2.144 milhões de euros.

Estas contas incluem o impacto da primeira das duas parcelas do imposto temporário e extraordinário de 1,2% sobre a atividade não regulada em Espanha das grandes empresas energéticas em 2023, a pagar este ano, tendo a Repsol liquidado 168 milhões de euros em fevereiro e estando o pagamento da outra metade previsto para o próximo mês de setembro.

Em 2023, o grupo pagou 443 milhões de euros relativamente às operações efetuadas em 2022.

Neste primeiro trimestre deste ano, a Repsol investiu 2.129 milhões de euros, em linha com a atualização do seu plano estratégico, no âmbito do qual prevê aplicar entre 16.000 e 19.000 milhões de euros líquidos entre 2024 e 2027, dos quais 60% na Península Ibérica e mais de 35% dedicados a projetos de baixo carbono.

De acordo com os dados da empresa energética, o investimento em produção renovável, que ascendeu a 1.180 milhões de euros, representou mais de metade do total desembolsado entre janeiro e março.

Nestes primeiros meses de 2024, o ambiente internacional tem sido caracterizado pelas tensões decorrentes dos conflitos no Mar Vermelho e entre Israel e a Palestina, que se refletiram no preço do petróleo Brent, a referência na Europa, que subiu 2,5% em termos anuais.

Em contrapartida, o preço médio do gás Henry Hub registou uma queda de 32,4 %, devido à diminuição da procura decorrente das temperaturas mais quentes nos Estados Unidos, que contrastou com a elevada produção e a diminuição das exportações norte-americanas.
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