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Parceria de 300 milhões de dólares vai combater impacto das alterações climáticas na saúde

A Fundação Gates, a Fundação Novo Nordisk e a Wellcome vão financiar a pesquisa e desenvolvimento de novas soluções na área da saúde numa iniciativa a três anos.

Sónia Santos Dias 06 de Maio de 2024 às 11:54
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Três dos maiores financiadores da saúde mundial uniram forças pela primeira vez numa parceria de 300 milhões de dólares (cerca de 279 milhões de euros) destinada a combater os impactos associados na saúde das alterações climáticas, subnutrição, doenças infeciosas e resistência antimicrobiana.

A parceria entre a Fundação Bill & Melinda Gates, a Fundação Novo Nordisk e a Wellcome, anunciada nesta segunda-feira na Dinamarca, terá uma duração de três anos e contará com o investimento de 100 milhões de dólares (cerca de 93 milhões de euros) por parte de cada parceiro.

"Ao reunir a vasta experiência e os conhecimentos únicos de cada organização - em termos de investigação, tecnologia, inovação e empresa - podemos fazer avanços que de outra forma não seriam possíveis", afirmou Mads Krogsgaard Thomsen, diretor executivo da Fundação Novo Nordisk.

O financiamento inicial apoiará soluções para fazer face aos impactos das alterações climáticas na saúde, doenças infeciosas e resistência antimicrobiana e a uma maior compreensão da interação entre nutrição, imunidade, doença e resultados do desenvolvimento.

Na área do clima e da sustentabilidade, a parceria pretende apoiar o avanço dos dados climáticos, a agricultura sustentável e os sistemas alimentares. Segundo os parceiros, para proteger melhor as pessoas a nível mundial dos efeitos devastadores das alterações climáticas na saúde, serão necessárias soluções que abranjam as ciências do clima, da saúde e da agricultura. Esta iniciativa ajudará a aprofundar a compreensão dos impactos das alterações climáticas, a desenvolver soluções inovadoras e a reforçar os dados disponíveis para apoiar a sustentabilidade ambiental, criar resiliência no sistema alimentar e proteger a saúde das populações vulneráveis em todo o mundo, revelam em comunicado.

"Estamos à beira de tantos avanços científicos na agricultura, saúde e nutrição e, com o apoio certo, essas inovações salvarão e melhorarão vidas em todo o mundo", disse Mark Suzman, CEO da Fundação Bill & Melinda Gates. "Todos os setores têm um papel fundamental a desempenhar e esperamos que esta colaboração abra a porta a outros financiadores e parceiros para contribuírem para o aumento das inovações existentes e para o desenvolvimento das ferramentas do futuro."

Outra área passa por abordar a resistência antimicrobiana, melhorar a vigilância das doenças e desenvolver vacinas para as infeções respiratórias, agravadas com o aparecimento de novos agentes patogénicos, a persistência de ameaças como a tuberculose e o aumento da prevalência da resistência antimicrobiana.

"Enfrentamos enormes desafios para proteger e melhorar a saúde física e mental, agravados por grandes desigualdades a nível mundial", afirmou John-Arne Røttingen, diretor executivo da Wellcome. "As soluções começarão na ciência. Já vimos isso ao longo da história e vivemos em primeira mão avanços incríveis para salvar e melhorar vidas. No mundo complexo de hoje, os desafios da saúde sobrepõem-se cada vez mais. Mais do que nunca, precisamos de colaboração e cooperação a nível mundial para construir um futuro mais saudável e para que a sociedade prospere", acrescentou.

Reconhecendo que a filantropia tem um papel importante a desempenhar, mas não o pode fazer sozinha, a Fundação Novo Nordisk, a Wellcome e a Fundação Gates irão explorar oportunidades para expandir este esforço para incluir parceiros públicos e privados, bem como envolver outros parceiros filantrópicos.

 

 

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