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Correio da Manhã

Opinião
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Perguntas sem respostas

Audições no Parlamento não esclarecem questões essenciais.
Eduardo Dâmaso(eduardodamaso@sabado.cofina.pt) 9 de Maio de 2024 às 00:31
As audições parlamentares sobre a situação na Santa Casa continuam a não esclarecer questões elementares. Para lá das versões gestionárias, deixadas com linguagem de pau, continuamos a não saber o essencial: qual o volume de dinheiro transferido para a internacionalização do jogo? Como e onde foi gasto? Quem autorizou as despesas? Quais os circuitos do dinheiro? Como foi possível enterrar milhões no Rio de Janeiro, onde existe uma ligação visceral entre o jogo e o crime organizado, sem que tenham sido sequer obtidas as licenças? Porque foi travada uma administração que estava a tentar arrumar a casa, com grandes dificuldades, desde logo porque uma parte da auditoria versa sobre realidades onde não existem preocupações de escrutínio e prestação de contas? Porque foi travada uma administração que estava a racionalizar a gestão, travando o despesismo que empurrou a Santa Casa para negócios sem clareza nenhuma, como foi o do Hospital da Cruz Vermelha? Como foi possível fazer não só um saneamento político de Ana Jorge, mas um linchamento como o que a ministra do Trabalho continua a fazer!? Podem continuar a procurar a melhor política de comunicação para fixar uma narrativa qualquer, mas enquanto não responderem a estas questões politicamente essenciais ninguém acreditará nela.

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