Um dos rostos do último título do Sporting, em 2020/21, Pedro Porro concedeu uma entrevista ao Expresso na qual revelou dois episódios marcantes na sua passagem por Alvalade. Além da Taça da Liga de 2022, que conquistou poucos dias após ter perdido a avó, lembrou a receção ao Boavista que consagrou o leão no campeonato, a 11 de maio de 2021. Nesse jogo, foi titular, mas acabaria por sair logo ao minuto 17. Porquê?

"A três dias do jogo que dá o título de 2021, contra o Boavista, lesionei-me nos músculos isquiotibiais, mas não disse nada a ninguém. Sabia a importância da partida e então escondi a dor e disfarcei, porque queria ir a jogo sim ou sim. Durei só 30 minutos [na verdade, foi substituído aos 17’, em lágrimas] até sentir uma dor maior, mas tinha de dar tudo, era indiferente que estivesse lesionado porque o título não podia escapar. E fomos campeões", explicou o internacional espanhol, hoje no Tottenham.

Pedindo concentração rumo à reconquista no presente ano desportivo - "Faltam três vitórias... Que sejamos felizes no final!", atira -, o futebolista de 24 anos deixa rasgados elogios ao técnico que o colocou no mapa, Rúben Amorim.

"É jovem, tem muita ambição, um pouco como o Ange Postecoglou aqui no Tottenham. Quer sempre mais e é isso que o faz andar nas bocas do mundo e ser cobiçado por tantas equipas na Europa. Tem uma forma especial de trabalhar, joga olhos nos olhos contra qualquer adversário, o que também é parecido ao que fazemos no Tottenham, há diversas semelhanças. Sabe-se e reconhece-se como o Sporting e o Tottenham jogam, há uma identidade nítida, seja a ganhar por 5-0 ou a perder por 5-0", explicou o ala direito.