Portugueses são dos que menos pedem ‘direito ao esquecimento’
França, Alemanha e Reino Unido são os que mais pedem para apagar as suas pesquisas.
Miguel Azevedo
17 de Abril de 2024 às 01:30
Já ouviu falar em ‘direito ao esquecimento’? Trata-se de uma lei estabelecida, pela primeira vez, em maio de 2014 pela União Europeia que permite a qualquer pessoa solicitar a motores de busca, como o Google, a remoção dos resultados das suas pesquisas.
Pois bem, os portugueses estão entre os cidadãos da União Europeia que menos solicitam o ‘direito ao esquecimento’ na Internet. Por cá, conta-se um pedido por cada 10 mil pessoas, rácio só igualado pela Polónia e Grécia.
Numa visão mais alargada, em Portugal foram apresentados cerca de 1200 pedidos de ‘direito ao esquecimento’, em 2022, uma quebra de 700 pedidos quando comparados com os cerca de 1900 de 2021.
A conclusão é da empresa de cibersegurança Surfshark, que fez um estudo sobre o assunto, analisando 32 países europeus que submeteram pedidos à Google e ao Microsoft Bing.
Segundo a Surfshark, dos países analisados em 2022, 28 países apresentaram uma diminuição nos pedidos de ‘direito ao esquecimento’, podendo este facto indicar uma potencial falta de informação e sensibilização sobre esta questão.
Mas ainda há países piores do que Portugal. Em 2022, Bulgária, Hungria, Roménia, Chéquia e Eslováquia apresentaram menos de um pedido por cada 10 mil pessoas.
Em sentido contrário, França, Alemanha e Reino Unido representaram, em 2022, mais de 50% de todos os pedidos de ‘direito ao esquecimento’. A Alemanha e o Reino Unido ficaram em 2.º e 3.º lugar, com 24 mil e 16 mil solicitações, seguidos de Itália e Espanha, em 4.º e 5.º lugar, com 12 mil e 11 mil pedidos.
Segundo a Surfshark, a grande maioria das solicitações foram feitas à Google.
Ver comentários
Deseja mostrar notificações
