Guerra no Médio Oriente

Sobe para quatro número de soldados israelitas mortos no sul de Gaza

Soldado israelita armado durante a incursão em Gaza
Soldado israelita armado durante a incursão em Gaza
REUTERS

Segundo o movimento palestiniano, o alvo do ataque de domingo foi um posto militar a partir do qual Israel organizou os bombardeamentos e a invasão da cidade de Rafah

O exército israelita subiu, esta segunda-feira, para quatro o número de soldados mortos após o Hamas ter lançado domingo uma dezena de morteiros desde Rafah para a zona da passagem humanitária de Kerem Shalom, no sul da Faixa de Gaza.

O quarto soldado israelita morto, de 18 anos, foi identificado como Michael Ruzal, oriundo da cidade de Rishon Lezion, a sul de Telavive, que se encontrava numa alegada base militar israelita na região.

Na noite de domingo, as tropas israelitas tinham comunicado a morte de três soldados e afirmaram que outros 11 tinham ficado feridos, três dos quais em estado crítico.

Desde o início da guerra de Israel na Faixa de Gaza, a 7 de outubro de 2023, 266 soldados- incluindo a vítima mortal hoje contabilizada - foram mortos na ofensiva terrestre que dura há cerca de sete meses, segundo dados do exército israelita.

Entretanto, mais de 34.600 habitantes de Gaza perderam a vida, em que mais de 70% são mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, controlado pelo grupo islamita Hamas desde 2007.

Segundo o movimento palestiniano, o alvo do ataque de domingo foi um posto militar a partir do qual Israel organizou os bombardeamentos e a invasão da cidade de Rafah - em relação à qual o exército ordenou hoje a evacuação da parte oriental desta zona fronteiriça com o Egito -, de acordo com a al-Aqsa, o canal de televisão associado ao grupo islamita.

Na sequência do ataque, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, reiterou no domingo à noite, num telefonema com o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, a necessidade de "uma ação militar, incluindo na zona de Rafah, na ausência de alternativa".

"O Hamas continua a perpetrar ataques contra o Estado de Israel e os seus cidadãos, ao mesmo tempo que revela falta de seriedade relativamente aos quadros apresentados para um acordo [de libertação de reféns]", afirmou Gallant, de acordo com um comunicado divulgado hoje pelo seu gabinete.

Em retaliação, Israel efetuou vários ataques contra a cidade de Rafah, tendo matado 16 membros de duas famílias, disseram equipas de resgate, horas depois do grupo islamita palestiniano Hamas ter lançado mísseis a partir da região.

Equipas de resgate disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) que os ataques lançados pelas Forças de Defesa de Israel causaram nove mortes na "família al-Attar" e sete na "família Keshta", no domingo à noite.

Uma fonte hospitalar confirmou à AFP o número de mortes dos dois ataques, acrescentando que os alvos foram uma casa "no campo de refugiados de Yebna, em Rafah", e outra "nos arredores de al-Salam", um bairro da cidade.

A agência de notícias palestiniana Wafa disse que Israel lançou de madrugada ataques contra um total de dez casas em vários bairros de Rafah, causando a morte de pelo menos 21 pessoas, incluindo oito crianças.

De acordo com o jornal palestiniano Falastin, a Proteção Civil da Faixa de Gaza indicou que as equipas de resgate ainda estão no terreno, admitindo que mais de uma dezena de pessoas poderão estar soterradas nos escombros.

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