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Tudo o que disse Marcelo durante quatro horas em jantar polémico com correspondentes estrangeiros em Portugal

Presidente da República não se inibiu de comentar nenhum assunto a que foi questionado.
Correio da Manhã 25 de Abril de 2024 às 01:52
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Tudo o que disse Marcelo durante quatro horas em jantar polémico com correspondentes estrangeiros em Portugal
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve durante quatro horas reunido com jornalistas estrangeiros, num jantar num hotel de Lisboa, na terça-feira à noite. Nesse convívio não se inibiu de comentar nenhum assunto a que foi questionado. Perguntaram-lhe se podiam questioná-lo sobre tudo, ao que este responde "tudo". 

Das quatro horas sobressaíram quatro assuntos polémicos, entre eles as comparações que fez entre o ex-primeiro-ministro, António Costa, e o atual primeiro-ministro Luís Montenegro. Referiu que ambos são "lentos", mas que António Costa é "oriental". 

"Ele [Montenegro] é uma pessoa que vem de um país profundo, urbano-rural, com comportamentos rurais. É muito curioso, difícil de entender, precisamente por causa disso. É completamente independente, não influenciável e improvisador", disse a respeito do líder do PSD. "Montenegro não é oriental, mas é lento, tem o tempo do país rural, embora urbanizado", acrescentou Marcelo.

A mágoa de ter cortado relações com o filho

Na mesma reunião, Marcelo revelou que cortou relações com o filho devido ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria.

"Não sei se disse alguma coisa lá aos pais das gémeas. A mim não disse. E isso é imperdoável", revela o Presidente da república. Acrescenta que não fala "no geral" com o filho e que com isso sente "muita mágoa pessoal". 

Lucília Gago e Operação Influencer

Já sobre a Operação Influencer e a procuradora-geral da República, Lucília Gago, o Chefe de Estado atira que a PGR teve "um ato maquiavélico", ao fazer cair o ex-primeiro-ministro, António Costa, o Governo e a Assembleia da República.

"Se a senhora procuradora, com a mesma presteza com que tinha tido a iniciativa de abrir um inquérito envolvendo também o primeiro-ministro um mês antes de os portugueses saberem… descubro, umas semanas mais tarde, que tinha aberto um inquérito contra terceiros e em que dia? No dia 7 de novembro. Que eu achei maquiavélico. Género de equilíbrio, equilíbrio sofisticado. Muito bem… abriu, abriu", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Contudo, na tarde desta quarta-feira, em declarações aos jornalistas, revela que "nunca disse isso". 

"Fui muito cuidadoso com o que disse nesse particular, não falando nas caraterísticas pessoais, nem devia falar, da procuradora-geral da República", atira.

Crimes cometidos na Era Colonial

Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se a Portugal como um país responsável pelos erros do passado, realçando que crimes como os massacres coloniais tiveram "custos". Diz ainda que o País "assume toda a responsabilidade pelos crimes cometidos durante a escravatura em África e a era colonial.

"Temos de pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram roubados e não foram devolvidos. Vamos ver como podemos reparar isso", acrescentou.

António Costa na Europa

Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que acredita que António Costa poderá ser o próximo presidente do Conselho Europeu. Disse ainda que o Partido Socialista será a segunda força mais votada nas eleições europeias de junho, realizadas a dia 9, "a não ser que haja um tsunami".

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