Guerra na Ucrânia

UE vai discutir envio urgente de defesa aérea adequada para a Ucrânia

Josep Borrell foi um dos oradores na conferência Diálogo de Manama
Josep Borrell foi um dos oradores na conferência Diálogo de Manama
MAZEN MAHDI / AFP / GETTY IMAGES

"A Ucrânia necessita urgentemente de sistemas de defesa aérea adequados. Esta será uma prioridade do Conselho de Defesa, juntamente com a ativação do Fundo de Assistência à Ucrânia", escreveu o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell

O chefe da diplomacia comunitária anunciou, esta quarta-feira, que a União Europeia (UE) vai discutir a mobilização, pelos Estados-membros, de sistemas de defesa aérea adequados para a Ucrânia, numa altura em que Kiev "necessita urgentemente" deste apoio.

"A Ucrânia necessita urgentemente de sistemas de defesa aérea adequados. Esta será uma prioridade do Conselho de Defesa, juntamente com a ativação do Fundo de Assistência à Ucrânia", escreveu o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, numa publicação na rede social X.

Numa mensagem publicada após a Rússia ter lançado vários mísseis e 'drones' (aeronaves não tripuladas) durante a noite passada em todo o território ucraniano, Josep Borrell adiantou: "Ontem [terça-feira] à noite, a Rússia lançou mais um ataque maciço contra infraestruturas civis ucranianas, acrescentando à longa lista dos seus crimes de guerra".

Hoje de manhã, a Força Aérea ucraniana afirmou ter abatido dezenas de mísseis e 'drones' lançados pela Rússi durante a noite em todo o país, num ataque que visava instalações de energia.

"O inimigo utilizou 76 meios de ataque aéreo, dos quais 55 mísseis e 21 'drones' de ataque", afirmou a Força Aérea nas redes sociais, acrescentando que os sistemas de defesa aérea intercetaram 39 mísseis e 20 'drones'.

De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o ataque da Rússia ocorrido na última madrugada atingiu sete regiões da Ucrânia.

Os ataques também danificaram a estação ferroviária e os carris de caminho-de-ferro na cidade de Kherson, nas margens do rio Dnieper, em território controlado pela Rússia, e feriram duas pessoas em Brovary, perto de Kiev.

Nos últimos meses, as operações militares da Rússia têm tido como alvo constante as infraestruturas de energia da Ucrânia.

Numa publicação difundida através das redes sociais, Zelensky referiu que os ataques da última madrugada ocorreram no momento em que a Ucrânia assinala o fim dos combates europeus na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

"O mundo inteiro deve compreender claramente quem é quem; o mundo inteiro não tem o direito de dar outra oportunidade ao nazismo", acusou Zelensky.

O operador da rede elétrica ucraniano, Ukrenergo, informou que foram atingidas instalações nas regiões de Vinnytsia, Zaporijia, Kirovohrad, Poltava e Ivano-Frankivsk.

De acordo com o governador de Lviv, Maksym Kozytskyi, duas instalações de energia foram atingidas naquela região, localizada no extremo ocidental do país (próxima da fronteira com a Polónia) e que está distante dos combates da linha da frente.

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